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17 dezembro, 2010

Mas que puxa!




Por empolgação do meu post anterior, uma breve história sobre os Peanuts.

Charles Monroe Schulz, desenhou de 1950 a 1999, mais de 50 anos, e trouxe para mundo personagens como Snoopy, Charlie Brown, Lucy, Linus, entre outros. Era filho de Dena Schulz, uma dona de casa, e Carl Schulz, um barbeiro alemão.

Depois da morte de sua mãe ele foi servir na II Guerra Mundial. Quando voltou da guerra em 1945, começou a trabalhar como professor de arte em Art Instruction.

Seus personagens eram inspirados nas pessoas do cotidiano de Charles Schulz, e alguns acontecimentos são retratados de sua própria vida.

Lucy, sempre brava e encrenqueira foi inspirado em sua primeira esposa, Joyce que o
importunava. A psiquiatra do grupo. Prática, racional e arrogante, aproveita-se de Charlie Brown e de suas poucas economias em sessões de psicanálise. É a psicologa do grupo pois, Juyce uma vez disse que Schulz precisava de tratamento psicológico, Lucy também é apaixonada por Schroeder.

Sempre existiu uma garota ruiva na vida de Schulz, foi sua namorada de infância, ele a pediu em casamento, porém ela não aceitou. Schulz guardou essa mágoa em seu coração por toda vida.

Patty Pimentinha, foi inspirada em sua prima, que sempre teve um jeito de "garoto", "muleque" de ser e de se vestir, jogava bola e detestava receber ordens. Patty Pimentinha também era super declarada apaixonada de Charlie Brown.

Schroeder é fissurado por Beethoven, passa horas tocando um pequeno piano de brinquedo e ignorando as investidas de Lucy, que sonha casar com ele. É contemplativo e discreto.

Linus, inseguro, está sempre se apoiando no próprio cobertor ou na televisão. De humor desiludido, diz que não gosta de pessoas. O filósofo do grupo.

Woodstock, um pássaro desastrado que fala uma língua incompreensível mas com uma incrível capacidade de tomar nota dos fatos e infernizar a vida de Snoopy.

Charlie Brown é um garoto pequeno, que sempre se dá mal, totalmente retraído, geralmente com ele, nada dava certo, um anti-heroi. Assim como Charles Schulz, que sempre foi o menor da turma, sempre tímido e solitário.
Seu pai falava alemão e tinha uma barbearia, assim como na vida do próprio Charles S.

Snoopy, um beagle imaginativo e que cria ao seu redor um mundo de fantasias sempre ligadas às dificuldades de escrever ou às aventuras da I Guerra Mundial e da Legião Estrangeira. Snoopy passou dois anos como uma figura silenciosa, agindo como um cão real (caminhava sobre as quatro patas), mas, em 1952, ele verbalizou os seus pensamentos aos leitores pela primeira vez através de balões; Snoopy tinha também a capacidade de entender tudo o que as restantes personagens dos Peanuts, com quem interagia, diziam. Schulz, após esta data, passou a incluir essas características na sua banda desenhada.

As tirinhas foram produzidas por 50 anos.

Todos os dias ele fazia uma.

Publicadas em mais de 2.600 jornais de 75 países e traduzidas para 21 idiomas.
Em 1999 Schulz teve um infarto e descobriu que tinha câncer. Porém, Schulz havia anunciado a aposentadoria da série Peanuts, um mês antes da sua morte. Produziu a última tirinha da série e a mesma foi reproduzida nos jornais apenas no dia seguinte da sua morte.




Em sua tira de despedida, ele disse:

“Caros amigos,

Eu tive a honra de desenhar Charlie Brown e seus amigos por quase 50 anos. Foi a realização de minha ambição de infância.
Infelizmente, eu não tenho mais a capacidade de manter o ritmo necessário para uma tirinha diária. A minha família não deseja que Peanuts seja continuado por mais ninguém, portanto eu estou anunciando a minha aposentadoria.
Eu sou muito agradecido por todos esses anos, pela lealdade de nossos editores e o apoio maravilhoso e amor expressado pelos fãs da tirinha.
Charlie Brown, Snoopy, Linus, Lucy… como eu poderia esquecê-los…”

Charles Schulz